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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Volta às Aulas 2016



Hoje foi dia de reencontrar colegas, amigos e matar a saudade!
Sorrisos, abraços e beijos evidenciaram a amizade, o carinho, o coleguismo, 
enfim os melhores sentimentos entre as pessoas que traduzem a Instituição de Ensino Ernesto Alves. 
Para alguns, dia de novidades e friozinho na barriga! 
Para a maioria o aconchego do segundo lar!
Que 2016 seja iluminado e repleto de momentos felizes para todos.

Um abraço carinhoso a cada Normalista

bjs, CR30




E ASSIM FOI A NOSSA PRIMEIRA MANHÃ


O HOMEM: AS VIAGENS
CARLOS DRUMOND DE ANDRADE

O homem, bicho da Terra tão pequeno
chateia-se na Terra
lugar de muita miséria e pouca diversão,
faz um foguete, uma cápsula, um módulo
toca para a Lua
desce cauteloso na Lua
pisa na Lua
planta bandeirola na Lua
experimenta a Lua
coloniza a Lua
civiliza a Lua
humaniza a Lua.
Lua humanizada: tão igual à Terra.
O homem chateia-se na Lua.
Vamos para Marte — ordena a suas máquinas.
Elas obedecem, o homem desce em Marte
pisa em Marte
experimenta
coloniza
civiliza
humaniza Marte com engenho e arte.
Marte humanizado, que lugar quadrado.
Vamos a outra parte?
Claro — diz o engenho
sofisticado e dócil.
Vamos a Vênus.
O homem põe o pé em Vênus,
vê o visto - é isto?
idem
idem
idem.
O homem funde a cuca se não for a Júpiter
proclamar justiça junto com injustiça
repetir a fossa
repetir o inquieto
repetitório.
Outros planetas restam para outras colônias.
O espaço todo vira Terra-a-terra.
O homem chega ao Sol ou dá uma volta
só para tever?
Não-vê que ele inventa
roupa insiderável de viver no Sol.
Põe o pé e:
mas que chato é o Sol, falso touro
espanhol domado.
Restam outros sistemas fora
do solar a colonizar.
Ao acabarem todos
só resta ao homem
(estará equipado?)
a dificílima dangerosíssima viagem
de si a si mesmo:
pôr o pé no chão
do seu coração
experimentar
colonizar
civilizar
humanizar
o homem
descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
a perene, insuspeitada alegria
de con-viver.



TURMA 201






TURMA 301








TURMA 101










 Eterno, é tudo aquilo que dura
uma fração de segundo, mas
com tamanha intensidade que
se petrifica, e nenhuma força
jamais o resgata.

Carlos Drumond de Andrade


Poeta, contista e cronista brasileiro, considerado o mais influente poeta brasileiro do século XX.
Drumond foi um dos principais poetas da segunda geração do Modernismo. 

https://www.google.com.br/search?q=carlos+drummond+de+andrade&biw=1143&bih=517&source=lnms&sa=X&ved=0ahUKEwiEwtCh1ZPLAhVDEpAKHZZ5DekQ_AUIBigA&dpr=0.9



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